Georges Bourdoukan nasceu em 1943 em Miniara-Akkar, no Líbano. Terra do imperador romano Alexandre Severo, diz ele. Para o Brasil, veio em um navio italiano aos oito anos, acompanhado apenas de seu irmão de seis.
Deixou o jornalismo para fazer literatura. No jornalismo, começou em 1963, na Última Hora, jornal de Samuel Wainer, onde cobria o setor estudantil. Depois passaria por diversos veículos, dentre eles a revista Placar, da Editora Abril, a TV Cultura e a Rede Globo de Televisão, nesta dirigindo o núcleo paulista do programa Globo Repórter. Também foi professor de Jornalismo por um tempo.
Seu perfil ético, independente e crítico, características de todo jornalista que se preze, acabou lhe custando inúmeras decepções nas empresas de comunicação pelas quais passou, tanto que em 1983 resolveu fundar, com amigos, uma publicação própria, o Jornal Jerusalém, dedicado a assuntos do Oriente Médio. No primeiro ano de existência, a publicação já mereceu o Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos, concedido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo. Em 1984, Bourdoukan passa a dirigir outras duas publicações: a Revista Palestina, órgão oficial da OLP no Brasil, e a Revista dos Estados Árabes.
Antes de dedicar-se inteiramente à literatura, trabalhou ainda em documentários para a televisão, um dos quais alcançou grande repercussão: o massacre dos trabalhadores rurais sem-terra em Corumbiara, Rondônia. em 1995.
Conheça o blog do Bourdoukan.
* Esta apresentação é uma livre adaptação da escrita pelo jornalista e editor, e amigo, Sérgio de Souza, para a orelha dos livros que ele editou pela Casa Amarela / Caros Amigos.